A arte e a música encontram-se presentes em todas as culturas. Historicamente sabe-se que desde sua origem a música foi utilizada como um recurso terapêutico para atender e tratar manifestações físicas e emocionais que não encontravam uma explicação na normalidade.
A música foi, durante séculos, aplicada de forma intuitiva para intervir no tratamento terapêutico, no resgate do equilíbrio tanto do corpo como do espírito, especialmente quando outras ações não se mostravam eficientes.
Em 1749 Richars Brocklesby escreve o primeiro tratado completo sobre a musicoterapia, mas é no século XX, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, que a música passou a ser utilizada de forma mais sistematizada, nos Estados Unidos para atender os veteranos de guerra hospitalizados, e na Argentina, com pacientes vítimas do surto de poliomielite.
Como sujeitos sonoros, todas as pessoas são afetadas pela música independente de apreço ou não. A musicoterapia, em sua ciência, possibilita atender cada pessoa dentro de sua singularidade, acionando potencialidades e estimulando a superação de limitações sejam elas de ordem física, emocional ou mental. Tal é possível porque o núcleo que envolve o processo musicoterápico é a ação de produzir e organizar sons, fazer música e ao envolver-se no prazer sensorial de cantar uma canção ou tocar instrumentos para acompanhar uma música, as resistências são amenizadas.
Aplicado por profissionais qualificados, o processo musicoterápico oferece à pessoa atendida oportunidade de manifestar habilidades e potencialidades, expressar emoções de desconforto e contentamento, além de alcançar descontração através do canto e da participação ativa na execução de uma música, ou na possibilidade de tocar diferentes instrumentos musicais.

Entre inúmeras aplicações, indicada para reabilitação neurológica, física, cognitiva, emocional e mental, a musicoterapia é proposta dentro das condições pessoais de cada participante o que permite experiências de êxito, através de respostas de comportamento adequado às capacidades individuais. A obtenção de êxito no processo musicoterápico aumenta a autoestima, proporciona condições que permitem que a experiência possa ser refletida em outras áreas da vida, como por exemplo, favorecendo um tratamento clínico.

15 de Setembro – Dia do Musicoterapeuta
A formação do musicoterapeuta envolve o amplo estudo de áreas das Artes (música), da Saúde e das Humanas. A Faculdades EST em São Leopoldo, desde 2003, oferece o Bacharelado em Musicoterapia que pode ser realizado em 8 semestre de formação teórico/prática.